A Dimensão Oculta – Edward T. Hall

Obra do autor Edward T. Hall, o livro “A Dimensão Oculta” foi lançado, primeiramente, em 1966 e faz uma análise de como as pessoas gostam de criar uma bolha invisível para marca seu território, as questões de distância social, crítica, pessoal e de fuga, além de dar significado ao termo proxémia e a relação do uso que a humanidade faz dos espaços, podendo ser público ou privado, enquanto efeito de uma cultura específica.

Dessa forma, fiz uma pequena resenha sobre o primeiro capítulo do livro de Edward T. Hall para mostrar para vocês e dá essa recomendação de livro que é maravilhoso para entender a relação complexa das pessoas com a cidade moderna/contemporânea.

Capa do livro “A Dimensão Oculta” de Edward T. Hall
  1. A CULTURA COMO COMUNICAÇÃO

Ao ler o texto a primeira coisa que me chamou a atenção foi o fato de que a linguagem é, na verdade, um grande contribuinte para a nossa formação da cultura pessoa e do pensamento crítico. Dessa forma, ao longo do texto fui percebendo que, realmente, temos um jeito de pensar diferente em relação a outras pessoas que não possuem o mesmo modo de comunicação.

Entretanto, paro para lembrar-me de todas as pessoas que conheci pelo mundo e na maneira que me identificava com algumas histórias contadas por elas e como, na minha realidade, tinha ou teria feito as mesmas coisas e escolhas. Como no fato de que mesmo não entendendo completamente as frases que eram me ditas em línguas estrangeiras, eu poderia compreender a mensagem que me era passada. Após da leitura do texto observei que não bastava entender somente a mensagem passada e que eu deveria ser capaz de decodificar os gestos e a cultura em que estava inserida no momento, podendo ser na minha cidade natal ou durante uma viagem à terras estrangeiras.

Ao chegar ao final do texto vi que é possível modificar a forma de pensar e do nosso comportamento quando nos deparamos com outra linguagem, pois não é somente para poder falar que ela é importante.

Quando mencionado o trabalho do arquiteto dentro do modo de comunicação senti que mesmo tentando, somente outra pessoa que viva no mesmo meio que o profissional irá realmente entender seu trabalho, mas será que o arquiteto não consegue fazer projetos além daquilo que está acostumado a ver? Algo para que todos possam entender? E quando falamos de projetos a distância, isso é possível? Nesse acaso, foi com a mensagem final do capítulo que consegui responder as minhas perguntas, pois mesmo com as nossas diferenças nas maneiras de comunicação, não devemos deixar de aprender outras línguas e culturas, de modo que poderemos, assim, nos aproximar de outras pessoas e ter embasamento prático e teórico para o nosso trabalho de arquitetas e urbanistas.

Aryane Lima
Arquiteta e Urbanista
Arquiteta e urbanista, com uma paixão especial por urbanismo e a troca de experiências. Co-fundadora do Batente, encontrou no projeto a chance de compartilhar seu conhecimento e explorar o impacto das pessoas no espaço urbano. Com uma mente curiosa e cheia de ideias, ela equilibra momentos de diálogo e silêncio em sua abordagem criativa.
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Arquiteta e urbanista, com uma paixão especial por urbanismo e a troca de experiências. Co-fundadora do Batente, encontrou no projeto a chance de compartilhar seu conhecimento e explorar o impacto das pessoas no espaço urbano. Com uma mente curiosa e cheia de ideias, ela equilibra momentos de diálogo e silêncio em sua abordagem criativa.

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