A fogueira está queimando, em homenagem a São João!
Os festejos de junho celebram o lúdico e a memória da nossa cultura.

Não só a São João, também São Pedro é um dos santos católicos homenageados neste período que compreende a colheita do milho e pelas chuvas que abençoaram a lavoura. Santo Antonio também é chamado para desatar os caminhos daqueles que buscam alguém para viver um amor. Crenças, tradições, simpatias e costumes marcam os festejos de junho e envolvem o nosso imaginário.

A mesa fica farta com alimentos derivados do milho, inicialmente cultivado pelos indígenas, como bolo de milho, pamonha, canjica, milho cozido ou assado, pé de moleque entre muitos outros quitutes. Da mesa segue para as ruas com música, bandeirinhas, trajes típicos e muita dança para celebrar uma das maiores manifestações culturais do Brasil.

Um festejo que traz para a capital as referências do interior de outrora ou da pequena cidade do interior que celebra suas memórias e se enfeita para reunir a família e receber quem vem de fora. É assim que o mês de junho é vivenciado no Nordeste brasileiro.

Dito isso, abre a roda, acende a fogueira que a dança vai começar! Vamos marcar os passos desse movimento que tem origem européia e chegou no Brasil no século XIX e se manifesta costurando culturas e tradições de diferentes povos.

Anarriê, alavantu dentre outras palavras que são puxadas durante a quadrilha vieram da França, sendo um costume das classes mais abonadas da corte. A dança origina-se do salão de Paris do século XVII a partir de um baile para quatro pares. No Brasil a quadrilha chegou com os portugueses durante o Império nos salões nacionais, principalmente no Rio de Janeiro, sede da Corte.

A música, por sua vez, tem primordialmente a sanfona, o triângulo e a zabumba como instrumentos que acompanham a quadrilha. A viola e o violão também são comuns em diversas apresentações. O nordeste tem diversos autores que musicaram o nosso São João com algumas das as músicas mais conhecidas, escritas por Luiz Gonzaga, como “Pagode Russo” e “Olha pro céu, meu amor” (em parceria com José Fernandes). Outras canções que marcam os festejos de junho são “Capelinha de melão” (João de Barros e Adalberto Ribeiro) e “Chegou a hora da fogueira” (Lamartine Babo).

Wilma Farias (uiu)
Pesquisadora, Produtora cultural e Artista-bordadeira.
Graduada em Design de Moda e Mestra em Artes.
Realizo pesquisas e experiências criativas para partilhar saberes. Produzo, desde 2011, projetos de formação e práticas criativas em arte e design, tendo experiência com cursos, oficinas e acompanhamento de processos de criação para instituições culturais, grupos de pesquisadores e estudantes. Pesquiso sobre a obra do artista Leonilson e as relações entre escrita, invenção, arte e vida. Com um perfil multidisciplinar, tenho experiências em organização de eventos acadêmico nacional e internacional na área de design e arte, escrita e publicação de artigos em livros e revista, além de experimentações artísticas e produção na área das artes visuais.
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Wilma Farias (uiu)

Graduada em Design de Moda e Mestra em Artes. Realizo pesquisas e experiências criativas para partilhar saberes. Produzo, desde 2011, projetos de formação e práticas criativas em arte e design, tendo experiência com cursos, oficinas e acompanhamento de processos de criação para instituições culturais, grupos de pesquisadores e estudantes. Pesquiso sobre a obra do artista Leonilson e as relações entre escrita, invenção, arte e vida. Com um perfil multidisciplinar, tenho experiências em organização de eventos acadêmico nacional e internacional na área de design e arte, escrita e publicação de artigos em livros e revista, além de experimentações artísticas e produção na área das artes visuais.

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