Não se preocupe, muita coisa pode (e vai) mudar!
As ideias de como trabalhar com a arquitetura podem mudar com o curso da faculdade e é isso que vale a pena, não acha?
As ideias de como trabalhar com a arquitetura podem mudar com o curso da faculdade e é isso que vale a pena, não acha?
Em uma perspectiva política, o solucionismo tecnológico está intimamente ligado com o neoliberalismo. Se o neoliberalismo é uma ideologia proativa, o solucionismo é reativo.
Nós precisamos estar mais atentos às pessoas do que a arquitetura, elas são peças chaves e temos que observar o comportamento delas dentro dos projetos.
O ensino ambiental deveria estar presente desde a formação inicial, por isso são importantes as ações do GIA.
Eu moro em uma quitinete de 25m², e nela tem uma janela de venezianas que dá pra uma parede, eu gosto dessa janela, a luz do corredor quando passa pelas frestas é interessante – Eu não gosto é dessa parede, tem dias que eu fico louco, quero ver a rua, as pessoas, os veículos, o céu, o sol, a lua.
Tem noites que depois de jantar eu dou umas voltas no quarteirão, igual meu pai faz. E tem uma ruazinha atrás de onde moro que me lembra Sobral, são várias casinhas, as calçadas com cadeiras, as pessoas conversando, eu passo, dou boa noite, peço licença…
Quando eu era mais novo, no finalzinho da tarde minha vó falava assim: “Vamos pra calçada? O sol já esfriou”. A gente pegava nossas cadeiras, aquelas de macarrão de balanço, ficava ali conversando e vendo o movimento, a gente sentia até falta quando alguém por algum motivo não passava naquele dia. Depois chegava uma tia, um tio, uma prima, o vizinho… A calçada da Dona Lucinda era sucesso. Mas não só a dela, todas eram, cada calçada tinha o seu fluxo, o seu movimento. Dá até uma saudade, eu queria uma calçada para chamar de minha, mesmo não sendo.
Aqui nas Quitinetes tem uma lavanderia coletiva, fica no ultimo pavimento, quase nunca tem gente. É legal, é ventilada, mas só se ver telhado, dá pra ver o céu, o sol, e a lua, mas faltam as pessoas, e aí pra mim… tem quase nada.
Eu tenho sede de pessoas, de conversas, de contato, definitivamente eu não sou um ser isolado, e as calçadas são os elementos mais individuais e ao mesmo tempo mais coletivos que eu conheço. Dá pra você ficar de boa, na sua área, e ao mesmo tempo junto das outras pessoas, mesmo daquelas que só saíram de casa pra dar umas voltas no quarteirão depois do jantar só pra ver gente, que nem eu.
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