Ergonomia do Bicicletário

Já tinha comentado em um [post lá no nosso Instagram sobre o uso das bicicletas como forma de transporte está ajudando o planejamento urbano para transformar muitas cidades em espaços sustentáveis e dar mais qualidade de vida para os cidadãos. Por isso achei interessante fazer essa matéria sobre a ergonomia de um bicicletário, por que querendo ou não temos que nos atentar com isso.

  1. O que é um Bicicletário?

É um espaço delimitado exclusivamente para o estacionamento de bicicletas, onde é sinalizado, coberto ou não, em local visível, contendo uma quantidade suficiente de estruturas de fixação, os chamados paraciclos, que permite a acomodação de todos os tipos de bicicletas, sem danificá-las e possibilitando a sua fixação com cadeado no quadro.

 

  1. Localização e delimitação do Bicicletário.

O bicicletário deve estar localizado o mais próximo possível da entrada do estabelecimento, de modo a ser visível por todos, usuários e funcionários, o que melhora a sua segurança e livre de entulho, mercadoria e lixo. Além disso, deve haver sinalização indicativa – cartaz, placa ou algo similar – de que o local é destinado exclusivamente ao estacionamento de bicicletas.

A área do bicicletário não pode ser invadida por automóveis ou motocicletas. Portanto, caso no local que irá ser instalado um bicicletário tenha esse risco, o mesmo deve ser demarcado com pinturas, muretas ou cercas.

 

  1. Pavimento adequado para o bicicletário.

O recomendado para o pavimento de um bicicletário é o asfalto, lajota, concreto e pode ser feito até de pedra britada, de forma que não acumule água. A pavimentação deve ser nivelada, sem saliências, para impedir que a bicicleta caia ou deslize para fora da sua área de estacionamento.

Se o local do bicicletário não for coberto, o ideal é que a pavimentação do espaço tenha um desnível de 5% e faça uso de caneletas ou algo similar para o escoamento da água da chuva.

Formas corretas de instalação do suporte e da pavimentação de um bicicletário. Fonte: Associação de ciclismo de Balneário Camboriú e Camboriú.

 

  1. Suporte de estacionamento.

O suporte ideal para o estacionamento em um bicicletário é o que permite o veículo possa ficar encostado em dois pontos e que seja cadeada pelo quadro, de forma que não danifique a bicicleta. Esse suporte deve ser feito de aço galvanizado ou aço inoxidável e pode ser fixado ao chão por meio de parafusos ou ser chumbado no pavimento.

O espaçamento entre um suporte e outro pode variar de acordo com a localização do empreendimento:

  • Se o suporte tiver paralelo à parede da construção: deve estar a uma distância mínima de 90 cm da parede e ter uma distância de 250 cm entre o eixo central de um suporte ao outro.
  • Se o suporte estiver a 90° do meio-fio: o eixo central do suporte deve ter uma distância mínima do meio-fio de 150 cm e conter um espaçamento mínimo entre um suporte e outro de 75 cm.
O suporte deve conter 75 cm de altura, de 80 a 100 cm de comprimento e 5 cm de diâmetro. Fonte: Associação de ciclismo de Balneário Camboriú e Camboriú.

Isso tudo parece detalhes que pensamos não precisar ser levado em conta, mas vai por mim, eles fazem toda a diferença para o ciclista! Se quiser ver mais sobre ergonomia aqui no site já disponibilizamos 6 ABNT NBR que arquitetos e urbanistas devem ter. Vai lá olhar!

Aryane Lima
Arquiteta e Urbanista
Arquiteta e Urbanista recém-formada. Formal no que exige formalidade, mas adora um happy hour. Ama mapas, até o mapa astral, apresenta músicas novas, revisa os textos e acha os furos que ninguém mais viu.
Interessada pelo urbanismo, fascinada pelo designer de móveis, meio controladora e adora fazer listas. Apreciadora da arte urbana, não consegue projetar sem música, dá risada do nada sem ninguém saber o motivo e acha o carnaval a melhor época do ano.
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Aryane Lima

Arquiteta e Urbanista recém-formada. Formal no que exige formalidade, mas adora um happy hour. Ama mapas, até o mapa astral, apresenta músicas novas, revisa os textos e acha os furos que ninguém mais viu. Interessada pelo urbanismo, fascinada pelo designer de móveis, meio controladora e adora fazer listas. Apreciadora da arte urbana, não consegue projetar sem música, dá risada do nada sem ninguém saber o motivo e acha o carnaval a melhor época do ano.

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