Estratégia Nacional de BIM

Estamos em janeiro de 2021 e quando ouvimos a palavra estratégia é provável que o assunto seja aquela de combate à pandemia da Covid-19. Contudo, esse artigo trata da Estratégia BIM BR. Ter uma estratégia, e seu correto planejamento, é essencial para o desenvolvimento de qualquer ação, projeto ou programa.

O decreto 9.983/19 elenca nove objetivos a serem cumpridos por meio de ações a serem implementadas e gerenciadas por um comitê gestor formado por órgãos governamentais e apoiado por um comitê técnico. O BIM BR possui os seguintes indicadores e metas:

Em abril de 2020, foi publicado o decreto 10.306 que “estabelece a utilização do Building Information Modelling – BIM ou Modelagem da Informação da Construção na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia, realizada pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal…” ficando vinculados às ações de disseminação do BIM o Ministério da Defesa e o Ministério da Infraestrutura. Ainda, são apresentadas definições e fases de implementação para projetos e obras considerados de grande/média relevância para disseminação do BIM:

FasePropostaConteúdo mínimo
1ª fase
a partir de 01/01/2021
desenvolvimento de projetos de arquitetura e engenharia, referentes a construções novas, ampliações ou reabilitações, quando consideradas de grande relevância para a disseminação do BIMmodelos;compatibilização de projetos;quantitativos;documentação.
2ª fase
a partir de 01/01/2024
execução direta ou indireta projetos de arquitetura e engenharia e na gestão de obras, referentes a construções novas, reformas, ampliações ou reabilitações, quando consideradas de grande relevância para a disseminação do BIMos usos previstos na primeira fase;orçamentação, planejamento e controle da execução de obras;as built.
3ª fase
a partir de 01/01/2028
desenvolvimento de projetos de arquitetura e engenharia e na gestão de obras referentes a construções novas, reformas, ampliações e reabilitações, quando consideradas de média ou grande relevância para a disseminação do BIMos usos previstos na primeira e na segunda fase;gerenciamento e a manutenção do empreendimento após a sua construção(quando projetados em BIM)

Assim, a transferência de recursos fica atrelada à aplicação do BIM em uma ou mais etapas do ciclo de vida da construção na execução de obras e serviços. Nos casos de contratação para projetos e execução, o decreto 10.036/20 indica que os editais devem prever  a obrigação de os contratados utilizarem o BIM, disponibilizando os arquivos dos modelos em formato aberto, conforme nível de detalhamento que será definido pelo órgão contratante.

Por fim, se por um lado existe uma grande expectativa na melhoria da qualidade, transparência e gestão dos projetos, obras e manutenção, por outro há uma necessidade de adaptação dos profissionais e migração dos processos, ferramentas e tecnologias para atendimento às diretrizes e à interesses mútuos.

Referências

Decreto nº 9.377, de 17 de maio de 2018, Diário Oficial da União. Brasília, DF, Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/Decreto/D9377.htm> Acesso em 28 de Janeiro de 2021

Decreto nº 9.983 de 22 de agosto de 2019. Diário Oficial da União. Brasília, DF, Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D9983.htm> Acesso em 28 de Janeiro de 2021

Decreto nº 10.306 de 02 de abril de 2020 Diário Oficial da União. Brasília, DF, Disponível em http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/decreto-n-10.306-de-2-de-abril-de-2020-251068946> Acesso em 28 de Janeiro de 2021

Como Citar essa Matéria
PINHEIRO, Kelma. Estratégia Nacional de BIM. Projeto Batente, Fortaleza - CE, 19 de fevereiro de 2021. Educação. Disponível em: <https://projetobatente.com.br/estrategia-nacional-de-bim>. Acesso em: [-dia, mês e ano.-]

Kelma Pinheiro
Arquiteta e Urbanista
Arquiteta e Urbanista e professora universitária. Formada pela Universidade Federal do Ceará – UFC, mestre em Construção Civil pela Universidade Federal do Ceará – UFC, com pós-graduação em Gerenciamento de Projetos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e pós-graduação em Projetos de Instalações Prediais pela Universidade de Fortaleza – Unifor.

Kelma Pinheiro

Arquiteta e Urbanista e professora universitária. Formada pela Universidade Federal do Ceará – UFC, mestre em Construção Civil pela Universidade Federal do Ceará – UFC, com pós-graduação em Gerenciamento de Projetos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e pós-graduação em Projetos de Instalações Prediais pela Universidade de Fortaleza – Unifor.

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