Estudante, sua representação não é um quadro artístico!
Toda forma de comunicação tem como premissa básica o entendimento mútuo entre o Comunicador e o Comunicado

A Representação Gráfica na Arquitetura é, sem dúvida alguma, um recurso que transpõe a informação técnica. Para além das cotas, indicações de revestimentos, níveis etc, esse “recurso” vem com o potencial de valorizar o projeto e torná-lo mais legível e amigável.

Toda forma de comunicação tem como premissa básica o entendimento mútuo entre o Comunicador e o Comunicado. No caso de plantas técnicas arquitetônicas, a intenção se torna: pegar uma informação complexa de ser entendida e facilitar o entendimento dela à quem não é habituado a essa linguagem.

Transpondo essa proposta de “legibilizar” uma planta baixa, corte, mapa etc… é muito comum encontrarmos representações que esquecem da principal intenção dessas peças técnicas e focam (demais) no que as torna fácil de “ler”: a expressão artística.

No meio de tantas referências lindas, super artísticas, mega trabalhadas no Photoshop ou Illustrator é importante não perder o foco e tornar o mapa ou corte do seu projeto uma ilustração que vai ser emoldurada. 

É importante entender que a representação arquitetônica, enquanto expressão artística, pode e deve explorar diversas maneiras de trabalhar com as plantas técnicas. O que defendemos é que, enquanto a intenção maior for COMUNICAR e SE FAZER ENTENDIDO, a veia artística não pode sobrepor a informação técnica, ainda que se aproximem.

Tenha em mente sempre PARA QUEM você está comunicando seu projeto e questione se sua produção está numa linguagem que será entendida de maneira fácil, sem ficar forçando a vista para entender o que está acontecendo ali.

Uma maneira simples de saber se sua representação está sendo objetiva é criar uma Hierarquia de perguntas e informações como essa:

1 – PARA QUEM estou comunicando? (ex: um leigo, um artista, outro arquiteto etc)
2 – Quais informações são OBRIGATÓRIAS estar representadas? (ex: paredes preenchidas, layout, nome dos ambientes etc)
3 – Quais informações são IMPORTANTES que sejam representadas? (ex: curvas de nível, gramas etc)
4 – Minha expressões artísticas atrapalham o entendimento e leitura dessas informações?

Crie seus próprios questionamentos !

Maaas, se sua intenção for realmente fazer um quadro, então arrocha e põe tua arte pra jogo! 

Como Citar essa Matéria
DIORAMA. Estudante, sua representação não é um quadro artístico. Projeto Batente, Fortaleza - CE, 20 de janeiro de 2021. Educação. Disponível em: <https://projetobatente.com.br/estudante-sua-representacao-nao-e-um-quadro-artistico>. Acesso em: [-dia, mês e ano.-]
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Escola de Ensino Livre
A Diorama é uma Escola de Ensino Livre em Arquitetura que acredita no poder da informalidade e da criatividade. Nosso propósito é contribuir com a autonomia de estudantes e profissionais de arquitetura, promovendo o autoconhecimento profissional através de uma aprendizagem inspiradora.
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