Como ser criativo
Quebrei minha programação de matérias para escrever um pouco sobre Christoph Niemann, ilustrador, designer gráfico, e, de certa forma, responsável pelo gás a mais que ganhei nesta ultima noite em meio a uma crise de “alheação criativa”.
Ao trabalhar com criações, sejam essas, projetos arquitetônicos, produções gráficas, geração de conteúdo e tantos outros rumos que exigem insights criativos, nós estamos a todo momento sendo cobrados por dois lados. No primeiro, vemos a necessidade do cumprimento de prazos exigidos por autores externos, dos quais não temos como desamparar e do outro lado estamos nós, por vezes estafados na busca de algo extraordinariamente criativo que simplesmente não aparece. Essa autocobrança é bem mais complexa e estressante do que o primeiro lado (aquele externo que nos cobra). Trabalhar, executar e alcançar a satisfação pessoal é fatigante, desestimula e representa um perigo à criatividade como exercício.
No primeiro episódio da série ABSTRACT originada da Netflix, aparece Christoph Niemann em curtos e coincidentemente longos 41 minutos, expondo nos 2.460 segundos o seu processo criativo, a interatividade e o abstrato de seus intentos ilustrativos. Sempre na busca da reprodução autentica de seus ensaios diários para as câmeras, Christoph nos mostra com o desenlace do episódio que o Feeling criativo espontaneamente aparece, mas que é preciso estar aberto para que esse sentimento criativo se sobressaia, e este caminho unicamente é representado por tentativas, você precisa apenas (como se fosse simples) parar e tentar, fazer e refazer, riscar e arriscar.
Finalizando essa matéria aconselho que você assista o documentário, e que entenda que o ponto de vista frente a uma folha de papel em branco deve ser considerado uma paisagem e uma prática cíclica nas tentativas diárias da sempre buscada Criatividade.