DIORAMA – Uma resenha geral sobre a Escola
Se “em terra de cego quem tem um olho é rei”, em tempos tão individuais quem compartilha e pensa no coletivo é o que?
Hoje venho aqui pra falar pra vocês de uns parceiros da gente, que se vocês ainda não conhecem, por favor, conheçam, falo de Waldemar, Lucas, e João, eles compõem a Diorama, uma Escola de Ensino Livre em Arquitetura aqui de Fortaleza, e quero atentar pro “Workshop” Diagramas Conceituais que foi ministrado por eles no ultimo dia 04 desse mês no V Seminário de Arquitetura e Urbanismo da Unifo, isso mesmo, pra você que leu o nosso último artigo, foi no mesmo dia da Palestra de Ciro Pirondi, ou seja, foi um dia de muito aprendizado.
Usei aspas na palavra workshop, porque como eles mesmos falam, não denominam dessa forma, preferem chamar de troca de experiências e conhecimentos. Entendem agora o porquê da adequação do ditado no primeiro parágrafo?
Ao resenhar sobre esse momento, é impossível não elogiar a forma com que eles roteirizam o “workshopp”, não parece curso e nem palestra, não é chato e nem monótono, é leve e engraçado, tem música e tem bombom, isso mesmo gente, bombons, amendoins e caramelos, aliás vocês já comeram caramelo de leite condensado? Caramba, é muito bom. [Te atenta Lionn…]
Então, voltando ao assunto da resenha, entre tantos comandos, atalhos, dicas, e referências, ouvir Lucas dizer que “os comandos não mudam, mas quantas vezes eu errei pra aprender, faz toda diferença, e isso aqui é uma troca dessas experiências” faz a gente perceber o quão as tentativas, inclusive as que não deram certo, formam e reformulam ensaios que fazem toda a diferença na concepção e representação de nossos projetos. Em um repasse de discurso ouvir João dizer que “Apanhamos pra caramba, depois de investir e entender como os programas pensam, depois disso as coisas foram caminhando de forma mais plena”, me reforça ainda mais a certeza de que o conhecimento não vem tão fácil, o que não significa que essa certeza seja objeto aceitável e oportuno pra desistências. “Desistir” pode até parecer um termo forte pra esse assunto, mas quando se é comum escutar colegas de faculdade dizendo que não sabem fazer uma representação “massa” e que isso atrapalha quase sempre seus rendimentos, não se torna um termo tão “exagerado”, é a realidade e a gente tem que apontar pra ela.
Da mesma forma que tomamos ciência dessa problemática, vemos a Diorama exercendo um papel incrível nessa qualificação, oferecendo cursos incríveis com dicas e macetes que viriam apenas com a experiência, o que nos dá um ganho de tempo enorme, e nós sabemos o quanto “Tempo” pra gente, estudantes e arquitetos é precioso, pra tudo, seja pra vida social e pro nosso descanso mental, vamos parar de virar noites trabalhando em renders que por vezes nem usamos, quebrando a cabeça pra fazer uma representação auto-explicativa, se podemos agilizar e otimizar nosso tempo pra isso, que façamos.
Quando Waldemar conclui o discurso dos três dizendo que “Diorama é uma escola livre de representação extra faculdade, e aqui o que vocês aprenderiam no sofrimento, vocês aprendem facilmente através da experiência que conseguimos durante esses anos” faz com a idéia de adicionar conhecimento fora faculdade se torna cada vez mais indispensável. No momento eles possuem 4 cursos: Representação e Concepção; Tríade; Bucket; e Clock (Em parceria coma galera da Ladrilho Arquitetura), no site http://diorama.arq.br/ você consegue todas as informações sobre os cursos, como valores e programação, vale muito a pena conferir.
Por fim, já expressei em algumas das matérias que escrevi aqui sobre o quanto admiro e bato palmas verdadeiramente pra qualquer forma de compartilhamento positivo e coletivo, acho inclusive que essas são duas palavras que fazem parte da grade curricular da vida, que estavam meio apagadas, mas tenho aquela fiel esperança de que elas estão voltando com força, assim espero.
Me despeço agora como sempre, com o meu breve até logo, e bora seguir o caminho, torcendo pra que encontramos cada vez mais parceiros, que o coletivo sempre aumente, e como os meninos da Diorama sempre dizem: “Cola na gente”
Abraços.