Não se preocupe, muita coisa pode (e vai) mudar!
As ideias de como trabalhar com a arquitetura podem mudar com o curso da faculdade e é isso que vale a pena, não acha?
As ideias de como trabalhar com a arquitetura podem mudar com o curso da faculdade e é isso que vale a pena, não acha?
Em uma perspectiva política, o solucionismo tecnológico está intimamente ligado com o neoliberalismo. Se o neoliberalismo é uma ideologia proativa, o solucionismo é reativo.
Nós precisamos estar mais atentos às pessoas do que a arquitetura, elas são peças chaves e temos que observar o comportamento delas dentro dos projetos.
O ensino ambiental deveria estar presente desde a formação inicial, por isso são importantes as ações do GIA.
Quem acompanhou o @projetobatente nos últimos dias (03 à 06 de outubro) viu um pouco do primeiro Festival Borda, e logo de início quero parabenizar e agradecer às idealizadoras Laura Moreira e Willma Farias, o Borda aconteceu tão lindo que era impossível não ter sido feito por vocês.
O Festival Borda é um ganho social de dimensão urbanística incrível, foram diversas ações artísticas e intervenções que aliavam o pensar a cidade sobre linhas e agulhas, o evento que foi literalmente construído em tramas têxteis e urbanas é sem dúvida um ato de resistência e persistência. Persistir em ocupar os espaços e reafirmar o seu lugar nas ruas foram duas das obras mais belas presentes na Casa do Barão de Camocim, o casarão esteve mais vivo nesse período e o morador foi o Borda, dava quase pra personificar o festival já que tamanha era sua vontade de existir e de mostrar que a arte regional e a cidade estão vivas de mãos dadas, ou pelo menos deveriam.
O Borda com tanta sede de arte e nada sedentário logo foi à calçada, deu uma volta na Praça da Bandeira, tomou um café com os moradores do Poço da Draga, caminhou na Praia de Iracema e aproveitou a sombrinha do Centro Cultural Belchior pra espalhar mais arte e debate na narrativa do festival que era tão artística quanto urbana.
O festival teve como artista convidada Edith Derdyk e a honra de sua fala como abertura oficial ressignificando o modo de pensar, interagir e ocupar os espaços. Edith presenteou a Exposição Linhas da Cidade com uma instalação interativa e convida você a interatuar com sua obra Moiras. Também compõem as linhas e tessituras da exposição magníficas obras dos artistas Tiago Rosa, Alexandre Heberte, Andréa Dall’Olio, Jamille Queiroz, Júnior Pimenta, Beatriz Rabelo, Fukuda, João Miguel Lima, Clébson Oscar, Plantomorpho, Oco Estúdio, Virgínia B e Mateus Sérvio que nos inquietam o pensar sobre ocupação, processos sociais e fluxos urbanos. A Exposição Linhas da Cidade está na galeria da casa do Barão de Camocim (aberta para visitação até o dia 3 de novembro e gratuita), mas também ultrapassou as paredes da galeria e foi para as ruas com intervenções urbanas possibilitadas pelas artistas Larissa Batalha, Márcia de Aquino do coletivo Linhas, e Andréa Dall’Olio. As oficinas e percursos ficaram por conta das artistas Edith Derdyk, Flávia Rodrigues, Terroristas del Amor, Simone Barreto, Juliana Farias, Jamille Queiroz, Laura Moreira, Lúcia Ferreira, Coletivo Linhas, URU, Wá Coletivo, Uiu, João Miguel Lima, Mateus Sérvio e Sérgio Rocha.
Tudo que é bom dura pouco, mas se repete, e no final fica o desejo de que aconteça o Festival Borda 2020, bem maior, mais lindo e com muito mais pessoas ocupando, ressignificando, e claro: bordando. Muito obrigado a todas as pessoas que fizeram esse evento acontecer, sejam nas linhas principais ou nas entrelinhas vocês deram mais vida à Arte e à cidade de Fortaleza.
Parabéns, e que venha o Borda 2020.
LIONN, Ricardo. Primeiro Festival Borda. Projeto Batente, Fortaleza - CE, 9 de outubro de 2019. Arte e Design. Disponível em: <https://projetobatente.com.br/primeiro-festival-borda>. Acesso em: [-dia, mês e ano.-]
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