Profissional Liberal: Que arquiteto é esse?
Caminhos para uma prática saudável.

A partir de uma formação generalista o arquiteto e urbanista se depara após a graduação com um imenso leque de alternativas para prática profissional. Muitos se lançam no mercado de trabalho em busca de experiências, a fim de quem sabe, afunilar seu campo de atuação rumo à uma “especialização”.  A busca pelo conhecimento deve ser uma constante para aqueles que desejam avançar, desbravar novos caminhos e inovar.  

Para aqueles que de início descartam a possibilidade de atuar no serviço público ou na docência, a prática profissional do fazer arquitetura se apresenta como uma realidade. São inúmeros modelos de negócios, demandas variadas e perfis de clientes diversos. No entanto, todos precisam empreender!

Seja na linha de frente ou compondo equipes, a dinâmica é a mesma. É fundamental encontrar desejo e força dentro de si para mergulhar de cabeça neste universo instável da prática cotidiana. Uma montanha russa! Para a ausência de rotina, disciplina. Para imprevistos, criatividade. Para solucionar o problema do outro, empatia. Para orquestrar os envolvidos, articulação.

Um negócio saudável é também rentável e eficiente! Estes são os maiores desafios dos escritórios ou ateliês de arquitetura de pequeno e médio porte. Culturalmente são duas pautas pouco discutidas dentro destes pequenos núcleos.  Pouco se fala do assunto na graduação e no dia a dia segue-se dando pouca atenção aos indicativos. Ser rentável passa por conhecer os custos, dominar o processo e precificar com cuidado. Ser eficiente é além de atender à demanda com qualidade, ter preço competitivo e por fim trazer alegria para quem faz e recebe o serviço.

Atuar no mercado local, significa encarar um cenário de características claras. É preciso entendê-las para traçar um plano de ação adequado. O contexto socioeconômico da região, o perfil do consumidor deste serviço nas últimas décadas e as práticas vigentes definiram culturalmente o profissional arquiteto para a parcela da sociedade que o conhece. Pouco se sabe das suas competências e muito se distorce sobre a sua atuação. No entanto este quadro passa por severa crítica por parte de quem o forma e tende a uma transformação radical em curto prazo. A quebra de paradigmas depende de todos que nela acreditam e a jugam necessária.

As ações do (novo) conselho de classe, com destaque para o código de ética e o contexto político do país inspiram o debate. Cabe a cada um dos envolvidos (re) avaliar seus valores e propósitos a fim de definir qual sua participação no novo panorama.

O futuro desta profissão tem tantas incertezas quanto as demais. Porém é certo que estaremos conectados e mais conscientes. Lidar com múltiplas tarefas e explorar várias habilidades parece ser destino certo para o profissional contemporâneo. Muitos clamam por relações de trabalho francas, honestas e transparentes. O desejo de valorização pulsa em todos nós. E a pergunta vem à mente:

Como vamos trabalhar para atingir este objetivo?

Como Citar essa Matéria
CANGA. Profissional Liberal: Que arquiteto é esse?. Projeto Batente, Fortaleza - CE, 20 de março de 2020. Resenha. Disponível em: <https://projetobatente.com.br/profissional-liberal-que-arquiteto-e-esse/>. Acesso em: [-dia, mês e ano.-]
Canga
Formado pelas arquitetas Itatiene Garcia e Juliana Atem, o Canga surgiu da vontade de realizar arquitetura de interiores em um formato diferente, em um curto período de tempo, somando experiências e habilidades dentro de um trabalho coletivo.

Canga

Formado pelas arquitetas Itatiene Garcia e Juliana Atem, o Canga surgiu da vontade de realizar arquitetura de interiores em um formato diferente, em um curto período de tempo, somando experiências e habilidades dentro de um trabalho coletivo.

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