A arte e o retrocesso
A arte nada mais é que uma expressão de identidade, seja individual ou coletiva, tudo é arte dependendo dos olhos de quem vê e da interpretação de quem lê. Em tempos de contemporaneidade e sem “nomeclaturar” o movimento artístico que vivenciamos hoje, temos uma galeria de arte em cada esquina, isso mesmo, a ambiência urbana e inúmeros artistas conhecidos e desconhecidos fazem da vida citadina um palco de expressão e de entonação artística por uma crítica ao atual.
São fraseologias realçadas em imagens que manifestam uma gritante situação política e social. O desejo do progresso e a triste certeza de um retrocesso titulam, mesmo que sem nome, uma imensa exposição de arte de rua e na rua. Um misto de expressões artísticas que cumprem o papel de despertador urbano para uma vida distante da sonhada pelos brasileiros, uma crise imposta e exposta a todos.
Um enorme processo de indignação se instala pela cidade em muros, esse elemento edificado de tijolos que serve de limite público-privado configura uma inconformidade popular e termofica um clima de manifestação que nunca se apaga, clareado pela luz do sol ou pelas lâmpadas de iluminação pública essas artes sempre estão nas ruas, na verdade, o brasileiro foi pra rua sim, mas em outras condições, ele está na rua, em tintas e sprays, em papeis e poemas, basta você vê.