Não se preocupe, muita coisa pode (e vai) mudar!
As ideias de como trabalhar com a arquitetura podem mudar com o curso da faculdade e é isso que vale a pena, não acha?
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Como montamos nosso Escritório de Arquitetura?
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O Ladrilho nasceu ainda dentro da faculdade. Foi a partir do vínculo estabelecido no período da graduação que um grupo de arquitetos urbanistas recém-formados, inquietos com questões estruturais inerentes à profissão, começaram a pensar na possibilidade de atuar de forma diferenciada dentro do mercado de trabalho de escritórios de arquitetura e urbanismo.
Foi durante uma série de encontros informais que surgiram os primeiros questionamentos acerca de temas como o papel social do arquiteto, o abandono de espaços públicos e novas técnicas de sustentabilidade. Foi a partir daí que, cada vez mais, nos percebemos como um coletivo e começamos a sentir a necessidade de ter uma identidade própria.
Chegamos ao nome Ladrilho como um símbolo de apoio mútuo, fortalecimento local e sensibilidade estética. Logo em seguida, invertemos o Arquitetura e Urbanismo, normalmente empregado, para Urbanismo e Arquitetura, deixando claro que a reflexão sobre a cidade deve ser valorizada e que ela é fundamental na construção da nossa personalidade profissional. Como parte do nosso processo de autoconhecimento, elaboramos em conjunto nossa identidade visual, desde o desenho do logotipo até a definição de uma paleta de cores. Essa dinâmica preliminar foi fundamental para criar uma unidade e fortalecer nossas relações.
O passo inicial tinha sido dado e, com o passar do tempo, captamos os primeiros projetos, vindos através de amigos e parentes. Nesse momento, percebemos a importância de nos organizarmos ainda mais e montar um ambiente de trabalho que transmitisse um ar “profissional”. Nosso primeiro espaço foi uma salinha acolhedora com um jardim amplo que serviria tanto como local para o escritório como também para abrigar futuros eventos e reuniões maiores. Era um espaço compartilhado com outras atividades afins e que trazia vantagens do ponto de vista dos custos de manutenção e da troca de ideias.
Passamos cerca de um mês no processo de reforma da sala, a diretriz principal era o menor custo e, para seguir essa ideia, produzimos com nossas próprias mãos e reaproveitamos vários elementos que formariam nosso mobiliário. Além disso, nosso ar-condicionado e nosso frigobar foram cedidos por duas sócias. Apenas as cadeiras foram os itens completamente novos. Foi basicamente este o nosso aporte inicial.
Passados alguns anos, hoje o Ladrilho conta com 5 profissionais, em sua maioria arquitetas e urbanistas que se dedicam ao escritório, mas que também desenvolvem outras atividades em paralelo. Devido o perfil plural das sócias, o escritório também oferece serviços variados, desde o projeto arquitetônico e de interiores, até projetos urbanísticos, estudos de viabilidade e gerenciamento de obras em geral.
Recentemente iniciamos um processo de diversificação dos serviços com o objetivo de ampliar nosso alcance e de nos inserirmos em novos nichos de atuação. A oferta de cursos baseados no nosso aprendizado do dia-a-dia da profissão têm rendido bons frutos e boas experiências, proporcionando um ótimo contato com estudantes de arquitetura e profissionais recém chegados no mercado. Além de grandes parcerias, como a que fizemos com a Escola Diorama, com Maquinar e com o Batente. Também procuramos adequar nossos serviços para diferentes públicos e demandas, nesse sentido formatamos um modelo de consulta que resolve de forma mais simples e rápida questões pontuais de organização de ambientes e que tem um valor mais acessível.
E assim o Ladrilho vai se reinventando, trocando de fases e amadurecendo profissionalmente, baseado no intercâmbio de conhecimento e na interação com as demandas sociais e o mercado formal.
Quem quiser saber um pouco mais, convidamos a ouvir o bate papo que tivemos no Batente na Rádio, onde contamos mais aspectos de como montar um escritório de arquitetura. Confere lá!
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