Ghetto Tarot
Uma das minhas metas para 2019 é aprender a jogar Tarot e por isso tem pesquisado muito sobre, o que me fez chegar nesse trabalho incrível da belga Alice Smeets em parceria com um grupo de artistas haitianos chamado Atis Rezistans. Juntos criaram o Gheto Tarot, que é a releitura de um tradicional baralho através de fotos produzidas no gueto do Haiti apenas com materiais e elementos encontrados no local. As cenas são inspiradas em desenhos criados em 1909.
Para quem vive nessa bolha de classe média (na qual me incluo), ás vezes é difícil saber o que é viver em favela. O que para uns é somente passar por privações financeiras, racismo, preconceito e insegurança diária. Viver nas comunidades também significa família, solidariedade, força e criatividade. Vai muito além dos estereótipos que criamos com ajuda da grande mídia e do nosso próprio distanciamento e falta de interesse com a realidade do outro.
O Tarô surgiu no período da baixa idade média, quando a sociedade enfrentava pestes e miséria. O mundo mudou mas a simbologia ainda em diversas realidades, inclusive na periferia haitiana. Os artistas tentaram trazer essa afirmação através dessas fotografias provocantes, coloridas e cheias de vida. Mostraram a favela haitiana sob um olhar criativo de quem vê muita beleza ali, porque há!
Fiquei tão apaixonada que tentei comprar o jogo, só que os links disponíveis no site não estão funcionando, então não consegui ver nem o preço. Uma pena. Adoraria cumprir essa meta de ano novo aprendendo com cartas tão lindas!
Facilidade para aprender, planejar e gerir projetos, desenhos manuais, softwares de edição de imagens e playlists animadas. Detalha projetos, faz maquetes eletrônicas, tem a criatividade aguçada, sabe fazer o quadradinho. Odeia goiaba.
