Gestão de equipe
Entre tantas atividades dentro escritório de arquitetura você sabe quais o passos necessários para ter uma boa gestão de equipe?
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Fotogrametria é uma tecnologia é especialmente interessante para objetos complexos que necessitam de horas de modelagem para bons resultados.
A produção de conteúdo hoje deve mesmo ser refém do algoritmo? Quando foi que tivemos que nos tornar social media para tudo?
Dois meses atrás eu voltava de São Paulo para Fortaleza, era uma segunda-feira e foi o primeiro dia do início do isolamento por causa do Coronavírus no Ceará. Essa viagem aconteceu quando os jornais começaram a noticiar o Covid-19 no Brasil e era algo que nem eu, nem muitas pessoas imaginavam acontecer tão rápido, afinal foi uma surpresa para todos. Pois bem, a viagem era algo que já havia sido planejado há algum tempo e fiquei num impasse de ir ou não, mas já tinha comprado as passagens e alugado um airbnb antes disso tudo parecer real. Fiquei em um apartamento só com uma sala, cozinha, quarto e banheiro, um local que eu facilmente moraria e é o típico de imóvel para quem quer praticidade e viver com menos, eu poderia passar um mês ou um ano morando naquele local.
Foram dias incríveis, mas no domingo, último dia da viagem, alguns locais já passaram a fechar as portas e o roteiro começou a ter que ser adaptado. Na segunda feira, era hora de voltar, peguei o vôo de volta e vim o caminho inteiro terminando de ler um livro que eu havia começado a ler: Um novo mundo, do Eckhart Tolle, que fala sobre a nova consciência, que é uma forma diferente da gente ver as coisas ao nosso redor. Eu nem esperava que esse tema iria ser tão presente nos próximos meses. Na minha lista de leitura, o próximo era o Essencialismo, que fala sobre a busca disciplinada por menos, de viver com o vital, comecei a ler assim que cheguei. Logo tudo para mim se conectou, parecia predestinado, mas aparentemente foi uma coincidência dos livros, da viagem e um período de muita reflexão.
Eu, como arquiteto, comecei a ver os projetos de uma forma completamente diferente, comecei a me questionar sobre o que realmente é importante ou não contemplar em um projeto, se o cliente precisa ou não do que ele tá pedindo, a todo momento passei a lembrar do loft que havia ficado e que incrivelmente nada me fez falta naquela semana. Certo que quando a gente está viajando é um contexto completamente diferente do dia a dia, mas eu percebi que viver com menos era possível. Passei a sentir na prática o poder da economia compartilhada e que em um imóvel de mais ou menos 25m² eu conseguia sim fazer tudo que eu precisava, pois tinha espaço para dormir, ler, cozinhar, tomar banho, exercitar-se, trabalhar… apenas móveis baixos delimitavam os ambientes e que mesmo com tudo compacto, parecia até melhor do que minha própria casa.
Esse talvez seja um momento delicado que tem possibilitado muitas reflexões sobre como vamos viver e morar daqui pra frente. Acredito que vamos precisar saber ter menos, desperdiçar menos, repensar o conceito de descartar e jogar “fora”, o fora não existe, o planeta e nós somos uma coisa só. Precisamos inovar, mas fazer o melhor com o que já temos, simplificar, otimizar os espaços e entender o poder do essencial. Esse será talvez o nosso mais legado para as próximas gerações.
MACÊDO, Vinícius. Um novo mundo em que vamos precisar viver com menos. Projeto Batente, Fortaleza - CE, 19 de junho de 2020. Resenha. Disponível em: <https://projetobatente.com.br/um-novo-mundo-em-que-vamos-precisar-viver-com-menos>. Acesso em: [-dia, mês e ano.-]
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