O Estoril Um estudo do patrimônio histórico de Fortaleza
O Estoril de Fortaleza é vai fazer 100 anos desde o início da sua construção, e é um belo prédio situado na Praia de Iracema contando um pouco de seu famoso legado, mas todo grande desapego também se vê um grande fim. Esse texto vai informar o porque de eu querer estudar o Estoril, assim como dissertar sobre o que ele é, além de algumas opiniões sobre o mesmo.
Motivo de Estudo
Desde o começo da faculdade, um prédio que eu sempre ouvia falar entre os professores como um grande marco da boêmia de fortaleza era o Estoril, e eu fiquei fascinado em saber sobre o que aquela construção realmente era. Em um dos meus trabalhos, tive a oportunidade de conhecer a edificação, onde hoje é a atual SECULTFOR (Secretaria de Turismo de Fortaleza). Para um lugar tão conhecido e lembrado, o o local estava em um curso de decadência, com poucas pessoas andando pela rua dos tabajaras em uma tarde comum. E eu sempre fiquei intrigado em saber dessa situação no qual o Estoril se impôs.
Assim, decidi fazer um artigo científico, afim de conseguir algo a mais no currículo, e depois de falar com diversos professores, vi que o interessante é olhar dentro de si e ver o que você realmente quer explorar. Decidi, dessa forma falar sobre o Estoril, mesmo tendo aprovação máxima dos professores mas uma não tão grande orientação profissional. Artigos como esse são uma batalha para serem concluídos, e é um milagre já possuírem textos assim. Então, aqui vai um texto dos 3 meses de preparo e pesquisa feita por mim e pela Victória Lima.
Aqui fica um resumo estendido sobre o desenvolvimento do Estoril até os anos 1990/2000. Em anexo, segue o texto detalhado sobre a parte 1 da minha pesquisa.
Para baixar a primeira parte da pesquisa é é só curtir nossa página no facebook ou compartilhar no twitter. É uma forma simples de nos ajudar a chegar em mais pessoas.
Resumo estendido:
Um pernambucano chamado José Magalhães Porto realizou um sonho: uma casa localizada na antiga Praia do Peixe no ano de 1920, dando o nome em homenagem a sua mulher Dona Moreninha.
Com a construção dessa moradia na Praia do Peixe, investimentos imobiliários começam aos poucos a ser voltado para a região, agora com o nome Praia de Iracema. Já em 1930, a família de Magalhães não morava mais por lá, e se tornou um restaurante.
Na época da segunda guerra mundial, existia uma base americana em fortaleza, e os americanos tomaram conta do Estoril em 1944, tornando-se um famoso cassino na época, restrito apenas aos soldados e as belas moças ricas chamadas de “coca-cola” Esse local de grande apreciação boêmica se tornou um ponto totalmente sem cultura, onde os americanos faziam o que ele bem entendiam naquele lugar.
Em 1948, os americanos deixam o lugar e a boêmia volta de novo a assumir o Estoril, onde se tornou um ponto entre intelectuais, músicos, poetas, artistas, escritores, pessoas de esquerda. Pouco se ficaram os registros da época entre 1950 e 1980, mas as suas memórias ainda estão nas cabeças das pessoas que aproveitaram o Estoril na sua grande época.
O avanço das construções na Praia de Iracema fez com que o lugar mudasse completamente. Cada vez mais pessoas no lugar também significava um cuidado maior com a região, no qual as pessoas não se preocuparam tanto. E mesmo com o Estoril aguentou um “refugio” de intelectuais na época da ditadura, a região e sua estrutura receberam uma queda.
Hoje, o Estoril está de pé, sendo a sede atual da Secretaria Municipal de Turismo, mas o seu destino ainda é impreciso. Muitos dos que trabalham lá insistem que a secretaria está lá até algum outro uso, mas até quando?
